Há muitas formas de a gente se conduzir na vida. Mas com bom humor fica tudo mais fácil.
É verdade que o bom humor depende bastante das condições de saúde e até de uma boa digestão. Por isso a palavra "humor" vem de tempos antigos que atribuíam certos sentimentos a fluidos que percorriam o corpo. Mas pode-se dizer que o humor é antes de tudo um estado de espírito que atua em todas as circunstâncias da vida. Por isto ele tem muito a ver com a ética e nossa vida moral.
O mau humor gera grosseira e interfere na imagem que fazemos das pessoas, do mundo e das coisas. Pessoas constantemente mal-humoradas azedam a própria vida e a vida dos outros. Tornam-se pessimistas, agressivas e duras de aguentar. Diferente do mau humor é a indignação diante do que é injusto e indigno. A indignação é princípio de uma atitude construtiva. Mas é sempre importante que mesmo na indignação não se perca inteiramente o senso do humor, para não perdermos também o senso de nossas próprias limitações.
O bom humor precisa de direcionamento ético. Sua justa medida passa pelo respeito aos outros. Isto nos leva a dosar a gozação e a pilhéria, para que ela não fira os outros.
São Tomás Morus, que foi chanceler do Parlamento da Inglaterra no século 16, resume tudo isto em uma linda oração sobre o bom humor: "Senhor, dá-me uma boa digestão, e também algo para digerir. Dá-me saúde do corpo e um bom senso para conservá-lo. Dá-me um espírito jovial, que tenha sensibilidade para o bem e para os outros; e que não me espante diante do pecado, mas sempre encontre um jeito de encaminhar bem as coisas. Dá-me um coração livre da chatice, distante do falar mal, do destempero e das lamúrias. Não permitas que me preocupe demais com aquele que quer sempre se impor, e que chamamos de EU. Dá-me, Senhor, um senso de humor! Dá-me a graça de entender uma brincadeira, para ter um pouco de alegria na vida e também para transmiti-la aos outros."
Fonte: Revista de Aparecida - Julho-2012
Foto: Internet
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