O Santo Padre Paulo VI dava grande importância ao diálogo. Uma de suas cartas ao Povo de Deus foi sobre esse tema tão decisivo para a promoção da paz entre as pessoas, no seio das famílias e entre os povos. Temos belos exemplos de diálogo em Cristo: quando ele recebe Nicodemos, para uma longa conversa noite adentro (ver Jo 3,1-12); quando ele provoca a samaritana para o diálogo, que a leva à conversão (ver Jo 4,6-26). Esses e outros exemplos de Jesus influenciaram os apóstolos, quando tiveram uma grande discussão sobre se era ou não necessário obrigar os pagãos convertidos a primeiro se fazerem judeus e, só depois, cristãos. Enquanto discutiriam, nada se resolveu, e as cabeças esquentaram e os corações esfriaram. Somente quando Pedro falou, depois Tiago, todos em silêncio, dando ouvidos, e assim por diante, as cabeças esfriaram, os corações esquentaram e a solução, querida pelo Espírito Santo, surgiu. Da discussão não nasce a luz, do diálogo, sim! O Papa Paulo VI nos lembrava de que para acontecer diálogo, é preciso haver honestidade, boa vontade. Rezemos pela cultura do diálogo entre nós, nas nossas famílias e entre os povos!
INTENÇÃO MISSIONÁRIA: Nova evangelização
Houve tempos em que as famílias iam juntas à Igreja nos domingos, as pessoas costumavam fazer sinal da cruz quando passavam diante de uma igreja, e ninguém discutia ao ver um Crucifixo em um lugar público ou em uma repartição. Com o tempo, com os dias lotados de ocupações, com a diminuição das famílias e a solidão, com a quebra da transmissão dos valores em casa, na escola, no ambiente social, a sociedade se tornou mais mundana, secularizada. Hoje, há um ateísmo militante, que quer empurrar para o íntimo de cada qual a liberdade religiosa. A sociedade não deve aceitar nenhuma manifestação religiosa ou influência, pois seria ameaçada de conflitos. Enfim, de um tempo em que a falta de religião era considerada um mal, passamos a uma época em que a religião é tida como um perigo a ser cuidadosamente isolado. Jesus, porém, não acende sua luz, a luz do seu Evangelho, senão para iluminar a todos (ver Lc 8,16). Ele anunciou o Reino de Deus, que não é como o deste mundo (ver Jo 18,36), mas é para ser implantando entre nós, nos nossos dias (ver Mt 6,10). Por isso, o Papa nos pede que rezemos com ele: a nova evangelização dos povos e culturas é um bem! Comecemos em casa e nas nossas paróquias!
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